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Bem Vindo!

Review Chickenfoot-Chickenfoot

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mais um álbum que marcou 2009, desta vez no mundo do Hardrock, por isso não podia deixar passar o ano sem fazer uma review deste magnífico trabalho.

Chickenfoot (pés de galinha) é o termo que define uma banda de “Super-músicos”. A banda é formada pelo vocalista Sammy Hagar (ex-Van Halen e Montrose), o baixista Michaek Anthony (também ex-Van Halen), o guitarrista Joe Satriani e o baterista Chad Smith (Red Hot Chili Peppers).

A alcunha “super-banda” assenta como uma luva em Chickenfoot, tanto pelos nomes envolvidos quanto pela imensa expectativa que o grupo gerou, afinal estamos a falar de quatro senhores da história do rock. Este CD girou vezes sem conta na minha aparelhagem e esmiucei bem as onze faixas de Chickenfoot, que trazem uma mistura de Hardrock californiano com AOR, um som maduro e muito bem construído, e sem tantos detalhes instrumentais como seria de se supor.

O disco abre lá em cima, com a ensolarada "Avenida Resolution", repleta de groove e alto astral, além de um bom solo de Satriani.

A faixa seguinte, "Soap on a Rope", traz um bom riff e um pouco de funk para o inicio, fazendo lembrar, e muito, o que Sammy fazia nos seus velhos tempos de Van Halen, o que, para mim, é motivo de alegria. Satriani voa tranquilo na sua guitarra e dá um “tempero” extra à composição. Destaque também para Michael Anthony e Chad Smith nesta faixa, segurando a estrutura da canção de maneira exemplar. Há que mencionar também o interessante timbre utilizado por Joe Satriani no solo de "Soap on a Rope", muito agradável, enquanto o solo propriamente dito é curto e certeiro, inserindo-se perfeitamente na canção.

A seguir vem uma das melhores faixas do CD. "Sexy Little Thing" é uma malha de Hardrock fenomenal, com óptimas linhas vocais de Sammy Hagar, alternadas com riffs de Satriani, tudo embalado numa faixa que desafia qualquer um a ficar estupefacto com tal monstruosidad. O refrão desta faixa também é sensacional, um dos melhores do disco.

O nivel mantém-se lá em cima com a faixa seguinte, que foi justamente o primeiro single revelado pelos Chickenfoot. "Oh Yeah" é uma grande malha repleta de groove, cantada com extrema classe e competência por Sammy Hagar e com um refrão para lá de brilhante, daqueles que uma pessoa fica a espera para cantar nos concertos. Grande faixa, uma das melhores do disco!

O Hardrock bate mesmo lá em cima em "Get it Up", uma das faixas mais pesadas, com um andamento mais mexido e muito interessante. "Down the Train", menos “forte” e com uma estrutura mais solta feita à medida para Joe Satriani alçar vôos infinitos, deve ser um dos grandes destaques nos concertos. "My Kinda Girl" é outra com a energia lá em cima e um refrão muito porreiro. Destaque para os backing vocals de Michael Anthony.

A balada "Learning to Fall" mostra bem a veia AOR dos Chickenfoot, e, pessoalmente, não me agradou muito, pois achei que a música tem um refrão muito “lamechas”. Mesmo assim, merecem atenção os backings de Anthony, mais uma vez muito bons, assim como Sammy, que mostra o porquê de ser considerado, por muitos, uma das grandes vozes do Hardrock.


"Turnin´ Left" é a minha favorita. Ao princípio parece uma faixa saída de um álbum solo de Satriani, e logo de seguida óptimas linhas vocais onde Hagar canta acompanhado por Anthony, enquanto Joe executa uma base que é puro groove. Muito boa, uma faixa empolgante, com certeza uma das melhores do disco, para mim a melhor. Meta o volume no máximo e prepare-se para curtir à brava!

Fechando o álbum temos a contemplativa "Future in the Past", essa sim uma grande balada, que, ao contrário de "Learning to Fall", não apela para melodias fáceis e populares, alternando-se entre os vocais muito bem encaixados por Sammy e uma base repleta de malícia de Satriani, fechando o disco em grande estilo.

Concluindo, esta estreia dos Chickenfoot mostra-se muito acima da média de outros álbuns de estreia, e é muito bem vinda no cenário actual da música, principalmente no Hardrock. Sammy Hagar mostra que ainda é um cantor fenomenal; Joe Satriani demonstra que pode sim, e deve, fazer parte de uma banda, onde o seu talento único na guitarra conspira a favor das composições e não em inúteis exercícios que só agradam o próprio umbigo; Michael Anthony, discreto mas seguro, demonstra que não é preciso reinventar a roda para se destacar em seu instrumento, ainda mais acompanhando figuras tão cheias de brilho próprio como Hagar e Satriani; e Chad Smith demonstra, de uma vez por todas, que é um grande baterista, tocando de uma maneira totalmente diferente da que faz nos Red Hot Chili Peppers.


Nota: 10/10

Review: Duarte Costa

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